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27 julho, 2006

Sobre a Guerra

POEMA EM LÁGRIMAS

Foi na poesia que encontrei um hino
O canto da destruição pela construção

Aqui senti a força de mãos contra mãos
De mãos por mãos...

De homens alimentados pela injustiça injusta
Por choros desfraldados
Risos...

De crianças em homens
A violência pela paz
Os nossos rostos oprimidos na desumanidade
A força!... a morte!... a vida!...
As flores violentamente espancadas na morte
Sepulturas na vida de homens

Sempre homens!...
E ainda esperamos
Os hinos exprimidos como que gritos
Gritos em lágrimas

Lágrimas!...
Todas as lágrimas que já não posso chorar.


Tonho ( Angola - Huambo, 1981)
Publicado no Blog 'Casegas Vai Nua'

http://www.casegas.blogspot.com/

25 julho, 2006

FÉRIAS...Elas Chegaram...

É isso aí pessoal, chegaram. O periodo de ocio em que o país não produz. Em que até os politicos intervalam as suas demagógicas presenças na assembleia e descem até á praia dos Tomates.
Eu como não gosto de confusão, vou até á serra da Estrela. Pelo menos respira-se ar puro... Com alguns 'Francius' et 'Quebequa's' á mistura, mas paciência até sabe bem....

BOAS FÉÉRIAAASSSSSSSS. Até ao meu regresso...

P.S. Se o país não produz sem o meu trabalho, que se lixe, que trabalhe quem cá fica......

24 julho, 2006

Educação, sempre a educação!!!


I
Fala-se hoje de novo na introdução de exames nos ciclos mais baixos do sistema educativo português. A Sra. Ministra após vários pareceres positivos, decidiu que a partir de 2007 os alunos do primeiro e segundo ciclo seriam avaliados qualitativamente.
Medida correcta, pois a aposta na educação deveria ser uma prioridade. É nos primeiros anos da vida escolar de uma criança que se pode corrigir desvios, desvios que muito dificilmente poderão proporcionar uma boa evolução escolar.
Quantas são as crianças que pelo facto de serem cobaias de sucessivos e incompetentes Ministros da Educação que anualmente alteram os programas, os métodos, os meios físicos e humanos, chegam ao ciclo do secundário e nem as mais básicas regras do Português e matemática conseguem dominar.
Estará esta geração na base dos profissionais que politicamente e socialmente nos vão conduzir no inicio do Sec. XXI ? Até me arrepio.
É lógico que tudo o que ocorreu após o 25 de Abril de 1974, e especialmente nos primeiros anos, se deve ao facto de durante muito tempo, a nossa sociedade ter sido espartilhada por regras que se encontravam totalmente inadequadas ao desenvolvimento de um País, por todos repudiadas. Pena é que as alterações que foram feitas não tivessem em conta a verdadeira necessidade do país, mas sim os interesses corporativos de alguns Srs., nomeadamente; sindicatos, associações de pais e associações de alunos, entre outras, que de alguma maneira ganharam com a instabilidade criada ao longo de 32 anos, não possibilitando assim a aplicação de regras e métodos de ensino modernas e com eficácia, que já á alguns anos (muitos) eram praticadas por essa Europa fora.
O facto de haver uma avaliação continua não pode inviabilizar a avaliação qualitativa que no final de cada ciclo deve ser uma realidade, impedindo deste modo, que os problemas de aprendizagem transitem para os ciclos seguintes, gerando assim uma bola de neve que só termina com o abandono da escola por parte da criança, e da criança por parte da escola. Ao mesmo tempo gera uma sensação de incapacidade por parte do corpo docente envelhecido, e em muitos casos sem a devida profissionalização, em conseguir acompanhar os diversos ritmos de aprendizagem, não conseguindo assim cumprir o programa estabelecido.
Sejam bem vindas as avaliações quantitativas e qualitativas no final de cada ciclo escolar, inseridas é claro num sistema de avaliação continua.

II
Os programas curriculares que são anualmente apresentados aos alunos, não são de modo algum, os mais interessantes e motivantes.
Comparando realidades entra dois sistemas de ensino tão diferentes como o americano e o português, notamos que nós só complicamos.
Um pais sem historia, feito de uma manta de retalhos quer social quer cultural, em que o poder politico está regionalizado (estados) consegue ter uma das mais poderosas economias do mundo.
Será que o sistema de ensino americano dá muita importância a quem foi o 2º ou o sétimo presidente. Talvez não, mas nós continuamos a insistir que temos de saber a nossa história de nove séculos na ponta da língua.
Será que os americanos se importam que o professor seja americano? Talvez não, eles recebem no seu pais quem lhes traz mais valias. Nós deixamos sair a nossa capacidade humana e importamos trabalhadores das obras ( alguns com mais e melhor formação, muitas vezes profissionais altamente qualificados, que nós colocamos a carregar baldes de massa na construção ao serviço dos escrupulosos empreiteiros ou a limpar os centros comerciais ) .
É lógico que nenhum país pode pensar no seu futuro sem ter em conta a sua história. mas há limites.
Até quando os programas escolares vão massacrar com matérias que só servem para preencher horários.
Será que o Estado português ainda não chegou á conclusão que é necessário planear o pais a curto, médio e longo prazo, preparando o futuro, aprendendo com o passado. Será que ainda não descobriram que o défice e excesso de profissionais em algumas áreas deve-se ao mau planeamento realizado á vinte anos atrás!!
Será que o desemprego não diminuiria?
Será que não teríamos um melhor sistema de ensino?
Será que deixando sair do nosso pais os melhores cientistas, porque não lhes damos condições de trabalho é produtivo !
Eu só tenho o 12ª ano, não tenho qualquer cargo publico, sou um empregado de classe média que contribui com os seus impostos para as vossas aventuras politicas, mas já vi isso tudo…

21 julho, 2006

20 julho, 2006

O sonho comanda a vida, será assim tão dificil?

SEM QUALQUER TIPO DE COMENTARIO.

Não consigo perceber.................. Filhos da P.



Podiam ser os nossos filhos.




Alguem lucrou com tudo isto?


É isto o que se ensina as suas crianças!

E o ocidente fica calado subjugado ao poder desses Cabrõ&$ !!!!

Será isto o que a humanidade deseja ?

Não é possivel não fazer qualquer comentário, isto mete nojo, os tipos que ordenam estas chacinas deveriam pensar que poderiam ser eles proprios a aparecer nestas imagens, mas DEUS é Grande e não dorme em serviço...

19 julho, 2006

California Dream ou será Libano Nightmare...


Será que esta gente não percebe a palavra Paz, será que essa palavra é assim tão diferente nas diversas linguas, será que uma criança não tem o mesmo direito de viver livre e sem saber o que é um ataque aereo ou um ataque terrorista.
Será que temos nós, os que queremos viver em paz, de meter de uma vez por todas a mão na massa e pegar nesses governantes de meia tigela, os ocidentais, os arabes e todos aqueles que querem a guerra e envia-los para o 'Raio que os Par#a'.
Lutemos pela paz e concordia entre os povos, não somos assim tão diferentes, temos dois olhos,umbigo, duas pernas, duas mãos ,... é pena que alguns só tenham um neurónio, e por sinal avariado.

A guerra é no Libano mas o que é que muda ????

16 julho, 2006

O Velho do Restelo...

É verdade, o Velho do Restelo voltou, voltou em mais uma altura critica da nossa vida de nove séculos. Possivelmente com razão desta vez.
Foi noticia hoje, durante uma visita a Chaves do Sr. Primeiro-ministro, que este criticou, com algum desconforto, a observação feita pelo Prof. Cavaco Silva sobre a construção do Aeroporto da Ota e Comboio de Alta Velocidade, esta critica, quanto a mim justificada, vem no momento em que se deve tomar decisões quanto a estes dois projectos.
Ela é feita no sentido de alertar o governo da sensatez de realizar obras de tão grande investimento numa altura em que todos nos encontramos a ‘apertar o cinto’.
Vejamos, o TGV sendo um investimento indiscutivelmente importante, poderá beneficiar o país com uma ligação directa entre as duas capitais Ibéricas, sendo que ,no que diz respeito á ligação ao Porto já é discutível.
Discutível porquê?
Porque um tão grande investimento para encurtar uma viagem em 15 minutos não se justifica.
Para ligações internas e não esqueçamos que somos um país pequeno, em que via auto-estrada de Valença a Faro não levamos mais do que seis a sete horas, já temos um serviço de comboio de qualidade, o Alfa Pendular. Mais ainda, para rentabilizar o TGV qual será preço de cada viagem. Possivelmente bastante elevado, e em tempo de crise…
Quanto á questão do aeroporto, a Portela, principal aeroporto do país que segundo estudos dos mais diversos especialistas, esgotará a sua capacidade em 2017, teremos que ver que esses números contabilizam as companhias de baixo custo que o utilizam, em que só nelas viaja quem não quer pagar muito, onde até do papel higiénico se abdica para baixar o preço da passagem.
Porque não então desviar esses voos para pistas secundárias, algumas bem próximas de Lisboa e que até foram consideradas como alternativa ao actual aeroporto, e que funcionam como pista alternativa para uma aterragem de emergência, libertando assim a Portela para as companhias de Bandeira, prolongando assim a vida útil da Portela.
Quem sabe se o fizerem, não estarão a dar uma oportunidade de estudar esta questão com mais tempo, possibilitando assim encontrar melhores soluções e com mais baixos custos.
Espero que esta decisão, que mexe com o meu bolso, não seja mais uma tentativa de controlar outros problemas, o dos Sr.s empreiteiros , ou das cimenteiras, ou dos bancos ou mais grave ainda do desemprego, dos seus milhares de empregos prometidos no inicio da sua governação.
Será que se não fizerem estas obras vão actuar como a OPEL da Azambuja? Vão deslocalizar o vosso governo, os vossos Industriais ou o Aeroporto da Portela e o TGV para Santander? Em Espanha.
Talvez não, mas o Velho do Restelo desta vez tem razão…

15 julho, 2006

Ai quem me dera ter a inteligência nos meus pés…

È verdade, mais uma vez Portugal chega ao topo do futebol mundial e mais uma vez começam as polémicas. Se não é pelos vencimentos é pelos prémios. Mais uma vez o futebol e os seus interesses instalados tentam alterar as regras.
Por um mísero prémio de 50.000,00 €, por terem chegado ao quarto lugar do campeonato, estes senhores choram os impostos que tem de pagar como qualquer um de nós. Será que este prémio é assim tão importante quando comparado com a valorização internacional que conseguiram quando expostos sob o nome de Portugal e sua bandeira?
Quantos dos sr.s jogadores não vão renegociar os seus chorudos ordenados junto dos seus clubes, ou melhor ainda, as suas comissões junto das empresas que os patrocinam!
Quanto não pagará um banco da praça portuguesa para patrocinar a selecção nacional?
Ou uma empresa petrolífera?
Ou …ou…ou …!!!
Ou ainda, quanto não ganharão os senhores jogadores com isto tudo?
Ou então, porque não atribuir todas estas regalias a outros desportistas, que não sendo futebolistas, mas sim os parentes pobres do desporto nacional, e que também conseguem feitos assinaláveis não tem o mesmo tratamento!
Vamos lá então reflectir, será que não vivemos num estado de direito, onde as Leis são para ser cumpridas por todos? Será que as excepções são somente para os senhores futebolistas?
Bom comparemos: Eu conduzo um Citroen eles conduzem topos de gama, eu vivo num apartamento de quatro assoalhadas no subúrbio de Lisboa eles vivem em mansões com muitas assoalhadas, piscina, campo de ténis etc.. , eu trabalho das 7 as 19 horas todos os dias eles fazem duas horas de treino físico diário, eu recebo 1200 euros por mês eles recebem o que todos sabem e muitas vezes o que nem todos sabemos.
F$#%&&#’ qual é o problema destes senhores em pagarem os impostos que todos nós temos de pagar?
Eu trabalho numa empresa que os patrocina, e não posso reclamar com isso mas porra eu cumpro com os meus impostos, não lhes posso nem quero fugir, mas não acho justo que o prémio que recebo anualmente, na minha actividade (aproximadamente 2.000,00 €) não esteja isento de imposto e o premio que esses sr.s recebem esteja!
Estamos numa época de apertar o cinto, em que a colaboração de todos é essencial, mas talvez não para todos…..

12 julho, 2006

GM,OPEL ou lá o que quer que seja...

Mais uma que tento compreender.
Mais uma vez o poder económico ultrapassa o poder social.
Mais uma multinacional que explorou os seus trabalhadores durante quarenta anos e agora vai embora.
Mais uma que fecha as portas, deixando no desemprego mil e quinhentos empregos directos.
Mais uma que foi apoiada durante anos e anos e anos pelos nossos impostos para podermos ter os carros mais caros da Europa.
Mais uma que deixou de respeitar as pessoas (se é que alguma vez o fez)
Mais uma que os sucessivos governos portugueses deixaram fazer o que queriam.
Mais uma que brincou com como qualquer multinacional que se preze.
Mais uma que acha que Portugal é uma província de Espanha.
Mais uma que eu gostaria que fosse penalizada pela sua actuação.
Mais uma …Mais uma …Mais uma. IRRA QUE JÀ ESTOU FARTO…
Será que não temos uma palavra a dizer no assunto.
Será que não poderemos ser nós a penalizar estes senhores que durante quarenta anos brincaram connosco.
Será que estes senhores vão sair de Portugal com uma multa simbólica, tão simbólica que para eles até lhes compensa paga-la.
Será ?
Menos paciência com estes senhores.
Menos incentivos á instalação de empresas que não garantam a sua continuidade em Portugal.
Menos tolerância para empresários e multinacionais cega pelo lucro rápido e fácil.
Menos estupidez e ignorância dos nossos governantes.
Que saudades do tempo em que Portugal era competitivo e que gerava riqueza.
Que saudade do tempo em que as empresas eram geridas por pessoas e para as pessoas.
Que saudade do tempo em que o emprego não era um risco acrescido.
Que saudade do tempo em que ser jovem era sinonimo de esperança no futuro e de constituição de uma família estável.
Talvez o problema já não tenha solução, mas ainda recordo o tempo em que as empresas, na sua maioria publicas, geravam a riqueza deste país, garantindo a tão desejada sustentabilidade da Segurança Social. A garntia das nossas reformas, a garantia de emprego.
O que é que terá corrido mal?
Ter deixado o tempo voltar atrás, e deixado que os mesmos (meia dúzia) mandem neste país onde cada vez menos temos uma palavra a dizer?
Ter deixado que esses Srs. detenham propriedades de luxo , iates na baia de Cascais, façam viagens de sonho ( um grande sonho para todos nós que trabalhamos para eles).
Ter deixado que esses senhores comprometam o futuro da nossa sociedade.
Ter deixado que recuperassem os seus investimentos em Portugal para depois os venderem ás grandes Multinacionais.
Ter deixado que os outros decidam o nosso futuro!
DEIXEM-NOS VIVER

07 julho, 2006

Regimento de Artilharia da Serra do Pilar


Hoje, fui confrontado na imprensa nacional com a morte de um soldado português. A minha primeira reacção, foi que um dos nossos militares que se encontram destacados fora do país, em missão de paz, havia morrido.
Erro meu. O que aconteceu, foi simplesmente mais uma morte por incúria, a morte de um jovem que prestava serviço ao estado Português.
Este incidente ocorreu no R.A-5 antigo R.A.S.P. (Regimento de Artilharia da Serra do Pilar) em Vila Nova de Gaia, por acaso, um quartel que eu conheço muito bem, foi o local onde prestei o meu serviço militar, então obrigatório, durante um ano e meio no quadro de Oficiais Milicianos, logo um dos privilegiados.
Durante esse período da minha vida, que foi como um período de férias, pude observar por dentro o funcionamento as nossas forças armadas.
Desde viaturas que serviram na guerra colonial, com matriculas do inicio dos anos sessenta, até pessoas mal preparadas para as conduzir, passando por uma insignificante assistência mecânica, sempre prestada por soldados apenas bem preparados para o toque de saída as cinco horas da tarde (não os critico pois alguns tinham família cá fora, e com o salário que recebiam no fim do mês, de cinco mil escudos ( 25 €) , eu teria feito o mesmo, muitos deles provenientes de aldeias próximas do Porto, iam trabalhar após as cinco horas da tarde para sustentar os filhos . Lembro que o salário mínimo nacional em 1989 rondava os quarenta e cinco a cinquenta mil escudos (250 € )).
Foi nessa altura que me apercebi que, os soldados portugueses, provenientes do serviço militar obrigatório, eram uma fonte de receitas para o estado português. Pois eles mantinham o equipamento (algum bastante sofisticado, não estou somente a falar de viaturas) a funcionar contra um pagamento de cinco mil escudos por mês. Equipamento que em alguns casos custava uma pequena fortuna, mantinham também as instalações em bom funcionamento, passando dias e dias a caiar as paredes que estavam caiadas, a capinar (importantíssima função militar de arrancar ervas dos passeios e da parada, muitas vezes sob o sol escaldante ou sob a chuva torrencial) sujeitando-se a estas ‘praxes’ que só nas forças armadas são possíveis.
Não me admira pois, que uma das viaturas tenha ficado sem travões e se tenha ‘despencado’ pela acentuada descida, em direcção á porta de armas. Talvez tenha sido o UMM que normalmente saía de madrugada para ir buscar o pão fresco para o pequeno almoço e que normalmente era a viatura mais mal preparada do quartel.
É claro que também é possível eu estar errado, pois já passaram dezassete anos e as viaturas já podem ter sido substituídas (hummmm).
Louvo realmente quem pretende alterar as forças armadas, equipando, racionalizando e modernizando, acabando com regalias e senhores generais sentados em gabinetes, a gerir o seu chorudo ordenado. É lógico que a mudança custa dinheiro, mas se o fizerem, a médio prazo vamos colher os lucros, teremos forças armadas ajustadas á nossa real necessidade, com menos homens e encargos, mais eficiente e talvez assim poder evitar acidentes como o que levou a vida a este jovem.
CeOl

06 julho, 2006

Normalidade normal....



Bom, julgo que voltamos á nossa Nacional normalidade. Ainda falta um jogo para que termine o Campeonato do Mundo de Futebol 2006 possivelmente no terceiro lugar, uma glória nacional indiscutível.
Não sou de maneira nenhuma, um adepto fanático de futebol, louvo o percurso da selecção neste mundial, assim como louvo o operário que ajudou a construir o túnel da Gardunha. A febre acabou, e acabou de uma maneira interessante, deixamos de ser portugueses porque a nossa selecção não vai á final, agora, voltamos a ter vergonha de ser português.
Hoje no meu percurso normal para o trabalho, reparei que os cachecóis foram recolhidos, as bandeiras não apareceram, os sorrisos nem os vi, no comboio a caminho de Lisboa as pessoas seguiam cabisbaixas, como que quem pensando, será que o défice está controlado? Será que vou ter direito a uma pensão de reforma? Será que o meu ordenado vai chegar até ao fim do mês? Até os jornais, que ontem enchiam paginas e paginas com o futebol, hoje resumia-se a duas ou três, no interior do mesmo.
Pois é. E quando cheguei ao meu local de trabalho, os meus colegas todos decepcionados pela derrota de Portugal, julgaram que eu tinha ficado louco porque fiz o que não tinha feito durante as ultimas semanas, peguei num cachecol com o símbolo as armas e cores de Portugal e coloquei no meu gabinete, em cima da minha mesa. Só quis contrariar essa onda negativa, logo de seguida vi outros colegas a fazer o mesmo.
Tenho orgulho no meu país e luto para que Portugal se orgulhe do seu passado e encare melhor o seu futuro.
Meus amigos, vamos buscar novamente as bandeiras e lutar. Transportem a alegria dos últimos vinte dias para os trezentos e sessenta e cinco dias do ano de modo a acabarmos com os últimos lugares dos rankings de desenvolvimento onde somos assíduos. De modo a que a verdade do Dalai Lama, não possa ser verdade.
Ou então voltem a vossa normalidade diária…
Viva Portugal.

05 julho, 2006

Perguntaram ao Dalai Lama.


«Perguntaram ao Dalai Lama...

'O que mais te surpreende na Humanidade?

' Os homens... Porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem dinheiro para recuperar a saúde.
E por pensarem ansiosamente o futuro, esquecem do presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente nem o futuro.
E vivem como se não fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido...»

Depois de ler este pequeno comentário do Dalai Lama, pergunto se a sociedade onde vivemos é realmente aquela onde queremos viver.
Será que só vivemos a pensar no dinheiro? Será que perdemos o significado do que é viver? Será que passaríamos bem sem todos os confortos que a sociedade moderna nos possibilita?
Não sei. Honestamente não sei.
Façamos o seguinte exercício.
Vivemos numa sociedade onde não há energia eléctrica, petróleo, água canalizada, supermercados, estradas ou automóveis. Onde não há escolas, serviços públicos, policia ou bombeiros. Numa sociedade de subsistência onde o o que comes tens de cultivar. Onde para viajar de Lisboa ao porto levas uma semana. Onde a transmissão do conhecimento é feita por via oral de pais para filhos á boa maneira antiga.
Será que não teríamos falta das modernices?
Talvez sim, talvez não.
Possivelmente o meio-termo será o óbvio. Conseguir alguma qualidade de vida mantendo ao mesmo tempo as ‘modernices’ tão necessárias ao nosso dia a dia será o suficiente.
Vivo em Queluz, Sintra, muito próximo de Lisboa, onde o ritmo de vida é infernal, onde para ouvir os passarinhos de manhã é necessário levantar muito cedo para que o barulho da cidade não os abafe mas também onde ao virar da esquina encontramos o que precisamos.
Periodicamente descanso alguns dias numa aldeia muito perto da Covilhã, Casegas, uma pequena aldeia no sopé da serra da Estrela, aldeia onde os carros são tantos como os cabem na garagem do prédio onde vivo. Com três ou quatro cafés (locais de convívio), três ou quatro mercearias onde os seus proprietários fiam aos seus clientes. Onde os seus habitantes num ano vêem tantos carros como eu vejo em dez minutos de hora de ponta no Saldanha em Lisboa.
Mas também se necessitamos de algo, esse algo, está a cinquenta quilómetros de distância.
Serão estes os extremos que o Dalai Lama fala?
Será que o tal meio-termo é conseguir ‘enfiar Casegas em Lisboa’ . Ou então nós próprios abdicarmos da vida citadina e regressarmos aos locais de onde os nossos pais saíram á vários anos atrás, onde teremos tempo para viver e os nossos filhos tempo para crescer.
Será ?????

04 julho, 2006

Estas Férias não abandone os seus animais e filhos!

Estamos no inicio do Verão, mais um período de férias para a maioria dos portugueses. É também, o inicio da época de abandono dos animais de estimação. Este ano com uma nova variante, o inicio da campanha ,
NÃO ABANDONE OS SEUS FILHOS!
É verdade, em 2006, os Hotéis no Algarve não aceitam criancinhas nos seus corredores. Eles estão a recusar clientes com criancinhas. Porquê ?
Não sei!
Talvez por causa dos estrangeiros.
Talvez pelo facto de essas criancinhas serem os homens e mulheres de amanhã, e os Sr.s Industriais de hoje já estejam a preparar os lamentos para de aqui a vinte anos, quando as criancinhas de hoje, preferirem passar as suas férias no sul de Espanha, ou nas Canárias, ou em qualquer outro lado onde as suas criancinhas sejam bem recebidas.
Talvez, para no seguimento desses lamentos, a União Europeia abra os cordões á bolsa e dê alguns tostões a titulo de subsidio ou taxa de não ocupação das camas…
Talvez seja mais um golpe de génio de ‘nuestros hermanitos’ para conseguir ter mais turistas em Espanha. Duvido!
É noticia hoje em jornais de tiragem nacional e em revistas de referência, um estudo efectuado pela DECO sobre as reclamações efectuadas contra entidades hoteleiras que recusam alojamento a famílias com filhos. É o cumulo do ridículo. Somos um País pequeno, com uma taxa de envelhecimento da população muito grande. Os Pais de hoje, devido ao facto de ambos exercerem uma profissão e devido aos encargos, reduzem a sua família ao mínimo, não garantindo a substituição natural da população portuguesa, garantindo assim tudo aquilo que hoje é colocado em questão. A Segurança Social em particular.
Mais ainda o Estado Português recebeu um estudo, de uma entidade dita independente, no sentido de acabarem com os benefícios fiscais atribuídos as despesas de educação (por enquanto é só fumo, mas onde há fumo !!!).
Vamos lá portugueses e portuguesas, não tenham filhos. Se os tiverem chegou a altura de os abandonar, chegaram as férias e os hotéis não os aceitam. E atenção, a seguir são os supermercados, os cinemas,os restaurantes, os jardins…não pode ser… abaixo as criancinhas….
Eu já abandonei os meus, e estou a pensar informar o estado Português que já não preciso de receber o abono de família, ou deduzir á minha colecta os benefícios fiscais obtidos pelas despesas de educação .
Sr.s empresários, senhores governantes, obrigado por nos abrirem os olhos, nós estamos errados.Vamos deixar de ter criancinhas, já viram o que Portugal vai poupar.
Sr. Primeiro Ministro, Sr. Presidente da República, Senhores Governantes e Industriais deste país, atenção quando saírem de Portugal para passar as vossas férias, sim porque os Sr.s não as passam no Algarve, atenção ás vossas criancinhas, elas podem não ser aceites no vossos destinos de férias.
Esta critica atravessa todo o espectro politico Português, da esquerda á direita, porque eles governam este País desde sempre e deixam as coisas chegar ao estado em que estão.
Tenham a santa paciência ….

Assinado: um pai com muito orgulho dos filhos que tem.