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27 janeiro, 2011

Sentimento... (já havia publicado esta mensagem, mas vale sempre a pena reler)

No dia em que esteja velho e já não seja eu, tem paciência e tenta entender-me.
Quando, todos comem e eu não conseguir; quando não puder vestir-me: tem paciência, recorda as horas que passei a ensinar-te.
Se, quando falar contigo, repetir as mesmas coisas mil e uma vez, não me interrompas e escuta-me. Quando eras pequeno, na hora de dormir, eu tinha de te explicar mil vezes o mesmo conto repetidamente até teres sono.
Não me envergonhes quando não quiser tomar banho, nem me ralhes. Recorda quando tinha de andar atrás de ti e as mil escusas que inventavas para não tomares banho.
Quando vires a minha ignorância diante das novas tecnologias e te pedir que me dês todo o tempo necessário, não me irrites com o teu sorriso amarelo. Eu, ensinei-te a fazer tantas coisas... Comer bem, vestir-te... e como enfrentar a vida. Muitas coisas são produto do esforço e perseverança dos dois.
Quando em algum momento perder a memória ou o fio à nossa conversa, dá-me o tempo necessário para me recordar, e se não puder fazê-lo não te enerves, seguramente o mais importante não era a minha conversa, a única coisa que queria era estar contigo e que me ouvisses.
Se alguma vez não quiser comer, não me obrigues. Sabes bem quando necessito e quando não.
Quando os meus membros cansados não me deixarem caminhar, dá-me a tua mão amiga da mesma maneira que eu ta dei, quando tu começavas a dar os teus primeiros passos.
E quando algum dia te disser que já não quero viver, que quero morrer, não te enfades. Um dia entenderás que isso não tem nada a ver contigo, nem com o teu amor, nem com o meu. Tenta entender que na minha idade já não é viver mas sobreviver.
Um dia descobrirás que, apesar dos meus erros, sempre desejei o melhor para ti e sempre tentei preparar o caminho que tu havias de fazer.
Não te deves sentir triste, enfadado ou impotente por me veres desta maneira. Fica ao meu lado, tenta entender-me e ajuda-me como eu te fiz quando tu estavas a começar a viver.
Agora, toca-te a ti acompanhar-me no meu frouxo caminhar. Ajuda-me a acabar o meu caminho, com amor e paciência. Eu te pagarei com um sorriso e com imenso amor que sempre tive por ti.


Amo-te, filho.
O teu pai, a tua mãe, os teus avós...

«In memoriam». 
Todos recordam os pais e os avós de toda a gente.

CONCORDO COM TODAS AS LETRAS...


Encontrei este escrito no blogo "Bic Laranja". Blogo que já acompanho discretamente desde 2006. Recomendo uma visita. 


"Este cavalheiro, que não usa as regras ortográficas de acentuação no seu nome próprio, que diz que é bacharel em Letras, e que é mais um a mamar na teta do aborto gráfico, disse isto, muito sonso, ao jornal Ponto Final de Macau: Porque é que o português tinha duas ortografias? A gente que estuda a língua portuguesa sabe que a história da ortografia da língua portuguesa é sempre uma história de conflitos, de alguém que concorda com outro e depois, como dizemos no Brasil, rói a corda, rompe.
Pois a gente não precisa de estudar a língua portuguesa para saber quem na história dos conflitos sobre a grafia (orthographia é outra coisa) do Português concordou sempre primeiro e quem, de sempre, deu em roer a corda; justamente por voracidade sobre o idioma, sintoma aliás duma psicose mal resolvida do Brasil com a sua identidade portuguesa e que sai de jorro naquela (in)subordinada como dizemos no Brasil que irónica e expressivamente faz servir a carapuça a quem rói a corda.
Este freguês não é um bacharel em Letras. É um doutor em tretas."

por, Bic Laranja.


CONCORDO COM TODAS AS LETRAS...