(...) Naquele primeiro sábado de explicações, Angélica iria iniciar novo período de sofrimento.
O homem sentou-se no sofá, abriu o fecho das calças e agarrando na cabeça de Angélica, forçando-a, meteu o pénis na boca dela, ameaçando espancá-la se não cumprisse com os seus desejos.
Obrigou-a a suportar os movimentos dentro da sua boca e, quanto mais gemia com dores nos maxilares, mais o homem entrava. Obrigou-a a acariciar-lhe o pénis e a satisfazê-lo até ter o orgasmo na sua boca.
Angélica desfalecida e cheia de dores, não entendeu o que se estava a passar, nem porque é que aquele homem que tantas vezes lhe tinha oferecido lindos brinquedos vindos do estrangeiro, estava a fazer aquelas coisas que lhe provocavam tanto sofrimento.
A partir daquele dia, o nojo e pavor que sentia daquele homem aumentaram de dia para dia. E à medida que o medo crescia, ele mais lhe oferecia prendas e se mostrava seu amigo à frente das pessoas que a rodeavam, aparentando ser boa pessoa.
Logo após a primeira vez, contou o sucedido a Sabrina, mas esta não acreditando no relato da filha, chamou o namorado e obrigou-a a repetir tudo à frente dele.
O homem com uma grande calma desmentiu tudo, e Sabrina acreditou. Chamou alguns familiares e fazendo troça do que Angélica lhe contara, disse que aquilo só podia ser fruto dos ciúmes de Angélica pela mãe e, repreendendo-a, proibiu-a de repetir tais ‘mentiras’.
Daí para a frente até aos dez anos, idade em que o homem se separou da mãe, Angélica teve que sofrer frequentemente abusos por parte daquele homem, sem se queixar. Todas as noites pedia a Deus para Ele a livrar daquele suplício ou ajudá-la a suporta-lo, se essa fosse a única forma da sua mãe ser feliz, muito embora não conseguisse entender porque é que ela estava com ele, se passavam a vida a discutir.
Por vezes, durante a noite, o homem dirigia-se ao quarto de Angélica, puxava os lençóis para baixo e satisfazia os seus desejos. Ela sofria calada.
Um dia, não aguentando mais, trancou a porta antes de adormecer, mas, de manhã, quando a mãe a foi cumprimentar e viu a porta fechada, zangou-se, proibindo-a de voltar a fazê-lo.
E esses passaram a ser segredos guardados e recalcados por longos e sofridos anos.(...)
Baseado em factos reais.
Retirado do capítulo 13 do livro
"Resolver Traumas (com o passado)"
de Alexandra Caracol
O homem sentou-se no sofá, abriu o fecho das calças e agarrando na cabeça de Angélica, forçando-a, meteu o pénis na boca dela, ameaçando espancá-la se não cumprisse com os seus desejos.
Obrigou-a a suportar os movimentos dentro da sua boca e, quanto mais gemia com dores nos maxilares, mais o homem entrava. Obrigou-a a acariciar-lhe o pénis e a satisfazê-lo até ter o orgasmo na sua boca.
Angélica desfalecida e cheia de dores, não entendeu o que se estava a passar, nem porque é que aquele homem que tantas vezes lhe tinha oferecido lindos brinquedos vindos do estrangeiro, estava a fazer aquelas coisas que lhe provocavam tanto sofrimento.
A partir daquele dia, o nojo e pavor que sentia daquele homem aumentaram de dia para dia. E à medida que o medo crescia, ele mais lhe oferecia prendas e se mostrava seu amigo à frente das pessoas que a rodeavam, aparentando ser boa pessoa.
Logo após a primeira vez, contou o sucedido a Sabrina, mas esta não acreditando no relato da filha, chamou o namorado e obrigou-a a repetir tudo à frente dele.
O homem com uma grande calma desmentiu tudo, e Sabrina acreditou. Chamou alguns familiares e fazendo troça do que Angélica lhe contara, disse que aquilo só podia ser fruto dos ciúmes de Angélica pela mãe e, repreendendo-a, proibiu-a de repetir tais ‘mentiras’.
Daí para a frente até aos dez anos, idade em que o homem se separou da mãe, Angélica teve que sofrer frequentemente abusos por parte daquele homem, sem se queixar. Todas as noites pedia a Deus para Ele a livrar daquele suplício ou ajudá-la a suporta-lo, se essa fosse a única forma da sua mãe ser feliz, muito embora não conseguisse entender porque é que ela estava com ele, se passavam a vida a discutir.
Por vezes, durante a noite, o homem dirigia-se ao quarto de Angélica, puxava os lençóis para baixo e satisfazia os seus desejos. Ela sofria calada.
Um dia, não aguentando mais, trancou a porta antes de adormecer, mas, de manhã, quando a mãe a foi cumprimentar e viu a porta fechada, zangou-se, proibindo-a de voltar a fazê-lo.
E esses passaram a ser segredos guardados e recalcados por longos e sofridos anos.(...)
Baseado em factos reais.
Retirado do capítulo 13 do livro
"Resolver Traumas (com o passado)"
de Alexandra Caracol
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