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19 abril, 2008

19 de Abril de 1506 - Massacre de Lisboa.

Ocorre em 1506 em Lisboa uma das muitas demonstrações de fanatismo religioso o “Massacre de Lisboa de 1506” ou a“Matança da Páscoa de 1506” . Executada sob o olhar complacente da Igreja católica, são mortos em plena praça pública cerca de quatro mil pessoas acusadas de serem judias.
Esta chacina decorre poucos anos após a forçada conversão de Judeus ao cristianismo (cristãos novos) que ocorre em 1497 e poucos anos antes da instauração da Santa Inquisição em Portugal. Na altura cerca de 93.000 Judeus haviam entrado em Portugal após forte perseguição e expulsão de Espanha.
A matança, e segundo reza a historia iniciam-se no Mosteiro de São Domingos, quando o fanatismo religioso das pessoas que rezavam pelo fim da seca, julgaram ver a figura de Cristo no altar, iluminada. Um autentico milagre.
Na cerimonia encontravam-se presentes alguns novos cristãos que rapidamente contrariaram a opinião geral. Para eles não passava de um reflexo da luz do sol.
Um dos que mais contrariou esse “milagre” acabou por morrer espancado.
A partir daí, e até 21 de Abril, na Semana Santa, foram perseguidos, torturados, massacrados, violados e queimados em fogueiras improvisadas no Rossio, actos estes, incentivados por frades Dominicanos que prometiam a salvação a quem matasse os hereges.
Esta matança só acabaria com a intervenção das tropas reais, após ter sido assassinado um escudeiro do rei D. Manuel I, João Rodrigues Mascarenhas.
D Manuel I acabaria por incriminar os envolvidos, confiscando-lhes os bens, e condenado à morte os dominicanos envolvidos.
Na sequencia deste episodio e do estabelecimento do Tribunal do Santo Ofício em 1540 , a grande maioria dos judeus que residiam em Portugal acabaram por emigrar, muitas vezes só com a roupa do corpo, para os Países Baixos, França, Turquia e Brasil, vendendo por muito pouco os bens que possuíam, isto para poder pagar a taxa (resgate) à coroa Portuguesa.

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