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08 agosto, 2008

Pela primeira vez na minha vida senti medo, o verdadeiro.


O assalto ao BES da Marquês da Fronteira, fez pela primeira vez em cerca de dez anos reviver os dois assaltos que sofri como funcionário bancário.
Lembro-me da tensão que toda a situação provocou em todos os intervenientes, nas sequelas que provocaram nos meus colegas e clientes que dentro do balcão presenciaram tudo, do terror estampado nos olhos dos assaltantes quando me encostaram uma arma ao pescoço para exigir o dinheiro da minha caixa. Isso passou-se á dez anos.
Lembro-me de na altura ficar nervoso mas não ter medo, a situação tinha-se resolvido em escassos minutos. Entraram, tiraram e saíram onde a única violência física e moral se resumia aos gritos dos assaltantes. Nessa altura os dias sequentes foram terríveis, mas o trauma acabou por passar.
Ao ver este assalto, constatei que os meus colegas, um dos quais trabalhei lado a lado durante vários anos, passaram por um autentico inferno . Era a vida deles pela qual temi no final da história, era vida da Ana A. e do Vasco M. que se encontravam em jogo. Era toda a sua estabilidade emocional, a da sua família e a dos seus filhos que eram postos em causa no desafio mais difícil das suas vidas.
Para o Vasco e para a Ana o meu mais sincero respeito pelo seu heroicíssimo, por terem aguentado, com a calma possível, cerca de nove horas do pior terror que um ser Humano pode sofrer, o terror de não saber se saí do “filme” com vida.
Tenho que dizer que pela primeira vez na minha vida senti o verdadeiro medo, não pela minha vida, mas pela vida de duas pessoas que comigo trabalham, convivem.
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Quanto aos dois assaltantes, não tenho qualquer pudor em afirmar que gostei do desfecho, só tenho pena que o outro não tenha tido a mesma sorte.
Aconselho vivamente aos nossos governantes para que criem as medidas necessárias para se actuar in loco sobre a onda de imigração que nos assolou nos últimos anos. Não se justifica que permaneçam em território nacional, pessoas que só criam uma imagem negativa sobre toda uma comunidade que, na sua grande maioria vem para Portugal para melhorar a sua vida.
O Estado portugues só perde Não recebe os impostos desses trabalhadores, não sabe quantos estão no nosso território, não prestam assistencia a milhares de estrangeiros que nos ajudam a crescer. Enfim, não controlam nada quando em Espanha, França, Italia, Alemanha entre outros, aplican-se apertadas regras de Imigração.
Vejam por favor a lei canadiana de imigração.

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