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17 setembro, 2006

Somos mesmo teimosos.


''Todos os povos demoram muito tempo a adaptar-se às mudanças de moeda. Em Portugal, até aos últimos dias do escudo, ainda se ouvia correctamente falar dos ‘Reis’ desaparecidos após a implantação da república em 1910. Comprava-se e vendia-se por 50 mil reis, e não por 50 escudos, e emprestava-se e devia-se em moedas de dois mil (escudos) e quinhentos (reis), em vez da verdadeira moeda de dois escudos e cinquenta centavos. O exemplo da sobrevivência rebelde dos reis está agora a ser seguido pela parelha escudo/conto e pelas antigas moedas nacionais da Zona Euro. Um estuda da Comissão Europeia de 2005 mostrava que apenas metade dos portugueses pensava em euros nas suas compras habituais.
No entanto, a teimosia mental em que os portugueses são exímios tem consequências na análise aos preços. Alem da trabalheira das conversões, o raciocínio ‘em moeda antiga’ induz em erro os consumidores ao leva-los a comparar preços actuais com preços de á cinco anos. (…) esta espécie de inflação psicológica é ’10 a 14 pontos percentuais ’ superior para as pessoas que fazem esta conversão regularmente.''
Retirado de DN de 14/09/2006

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