Citador

14 fevereiro, 2007

Acho que não sabem o que fazer com o resultado do referendo.

«Não haverá naturalmente aconselhamentos obrigatórios, à revelia do que foi o mandato popular”. A frase é de Alberto Martins, líder parlamentar do PS, e co-responsável pela elaboração da nova lei sobre a Interrupção Voluntária da Gravidez. Um ponto de ordem feito na abertura das jornadas parlamentares do partido, em Óbidos, que se impunha depois de ter sido veiculado, até dentro do próprio PS, que haveria um período de aconselhamento obrigatório para a mulher que pretenda abortar.»
«O secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos, Carlos Arroz, admitiu ontem que o Estado poderá ter de contratualizar a realização de abortos em clínicas privadas, na sequência da aprovação da despenalização da interrupção voluntária da gravidez até às dez semanas. O cenário foi admitido pelo responsável, após um encontro com o líder do PSD, Marques Mendes. Questionado sobre se considera que o Serviço Nacional de Saúde tenha capacidade para responder a todos os pedidos de interrupção voluntária da gravidez legal, o secretário-geral do referido sindicato reconheceu que, caso seja necessária a realização de uma “opção cirúrgica”, poderão existir alguns “problemas”.»
In CM 14/02/2007

É claro que já era de esperar, a entrega do negócio aos privados (já existe lista de espera para montar clínicas, isto só da parte dos espanhóis) assim como da incapacidade do Estado em garantir o aborto em condições dignas conforme foram defendidas até 11/02/2007.
Belíssimo negócio o da vida. Inclusive estas clínicas espanholas até vão preferir realizar os abortos pelo método cirúrgico em detrimento do método farmacológico, dá mais tostãozinho, não dá?

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