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04 março, 2007

Museu a Salazar

«De um lado empunharam-se cravos vermelhos, proferiram-se palavras de ordem antifascistas e cantou-se a ‘Grândola Vila Morena’. Do outro, entoou-se o Hino Nacional, fizeram-se saudações fascistas e gritou-se ‘Viva Salazar’. A dividir os dois grupos de manifestantes, que se concentraram ontem à tarde em Santa Comba Dão, esteve um cordão policial que não deixou espaço da manobra para eventuais confrontos físicos.

António Oliveira Salazar morreu há 37 anos, mas continua a alimentar ódios e a despertar paixões. Desta vez, a razão dos protestos prende--se com a intenção da Câmara Municipal de Santa Comba Dão de criar um Centro de Estudos e Museu do Estado Novo, na antiga casa do ditador, no Vimieiro.
Indignada com a ideia, a União dos Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP) organizou uma “sessão pública de afirmação das ideias antifascistas”, onde apresentou uma petição para requerer à Assembleia da República que impeça a instalação do Museu.
O encontro, que teve o apoio do PCP e contou com a participação de cerca de 300 pessoas, decorreu no auditório municipal de Santa Comba Dão. »


A democracia só é vivida na sua plenitude quando aprendemos a respeitar a diferença dos outros, quando aprendemos a aceitar o bom e o mau, as glorias e os podres da nossa história.
Construa-se o Museu a Salazar, exponha-se o que de bom fez, mas aproveite-se o mesmo para perpetuar o que de mau não pode voltar a acontecer.
O futuro só pode ser construído quando no presente aprendemos a aceitar o nosso passado, a nossa História.

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