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24 abril, 2007

A revolução dos cravos

É feio oferecer cravos a alguém, não se gosta de cravos.
Eram os cravos que saíam das espingardas no 25 de Abril de 1974, porque uma vendedeira de flores, assim o quis. Ela coloca um cravo na ponteira de uma G3 pertencente a um soldado da revolução, foram os cravos que ocuparam o lugar das balas.
O cravo assim colocado até permitia que uma criança tocasse sem qualquer complexo a nova arma.
Foi, e ainda é uma das imagens mais poderosas desta data aquela criança que se coloca em bicos de pés para ficar ao nível do cano da arma, agora do cravo.
A revolução chamou-se, assim, dos cravos.
Foi uma revolução sem sangue, ou melhor foi um chão de cravos.

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