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20 dezembro, 2006

A reforma

''A reforma não deveria ter idade fixa. Tudo depende das capacidades físicas e psicológicas de quem está na vida activa, diz António Sousa Uva, professor de Medicina no Trabalho.''
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Perdoe-me Sr. Uva a expressão e o brejeirismo, mas isto não se trata de fazer vinho espremendo o cacho até á ultima gota, trata-se de vidas, de pessoas, de seres humanos que devem ter a possibilidade de ter os seus últimos anos de vida em paz e descansados, gozando aquilo que trabalharam.
Será que se eu chegar aos 99 anos de idade em boa condição física e com todas as minhas capacidades ainda vou ter de continuar a exercer a minha profissão? Meu amigo eu tenho 38 anos de idade e vinte anos de contribuição, obrigatória como trabalhador dependente, para sustentar as vossas reformas e as vossas indemnizações, que quando saem dos vossos cargos políticos recebem, cargos para os quais nunca vos elegi.
Hum! Acredito que sim, pois vou ter de continuar a contribuir para que a segurança social possa pagar as chorudas reformas, dos senhores políticos e dos senhores empresários, que honestamente, durante toda a vossa vida contributiva sempre declararam todos os seus rendimentos ao fisco.
Assim como todos os profissionais liberais que durante toda a sua vida, declararam ao fisco o ordenado mínimo mas conduziam bons carros topo de gama e possuíam belas moradias na quinta da marinha, que ninguém fiscalizou.
Não me identifico de modo algum com nenhuma ideologia, sou um simples cidadão do mundo que gosta de viver e criar a sua família. Mas, para isso trabalho, para um dia poder dizer, cumpri o meu contributo para com esta sociedade e agora vou gozar um pouco.

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