Citador

05 janeiro, 2007

5 de Janeiro 1895 -O caso Dreyfus em França

O oficial francês Alfred Dreyfus (1859-1935), acusado de espionagem a favor da Alemanha, é despojado do seu posto numa humilhante cerimónia pública no pátio da Escola Militar de Paris. O capitão de artilharia judeu nascido na Alsácia, condenado sobre provas muito débeis num julgamento muito irregular, iniciou a sua pena de prisão perpétua na prisão da ilha do Diablo quatro meses depois. O caso revelou o anti-semitismo que penetrava no exército francês, dado que poucos duvidaram da culpabilidade de Dreyfus, na própria sociedade francesa. Vários meses depois, o chefe da contra espionagem francesa, o Tenente Coronel Picquart, descobriu provas contra o capitão Marie-Charles-Ferdinand Walsin-Esterhazy que provavam a inocência do Capitão Dreyfus, mas o exército tratou de o encobrir. Em 1898, o Capitão Esterhazy francês foi levado perante a justiça e absolvido numa hora. A 13 de Janeiro, o novelista Émile Zola publicou uma carta intitulada "Eu acuso", dirigida ao presidente da República, Mix Faure, acusando publicamente sete altos comandos e três especialistas em caligrafia de elaborar e manipular as provas condenatórias de Dreyfus. Em 1899, Dreyfus foi levado novamente a julgamento e foi de novo condenado. Mas nesse mesmo ano, o novo presidente francês, Émile Loubet, aboliu a sentença. Posteriormente foi revelado que as provas contra Dreyfus tinham sido elaboradas pela espionagem militar para assegurar a condenação.

Sem comentários: